Ainda eu não tinha o anoitecer nem a alba do amanhecer
E tinha já uma Estrela para me iluminar, proteger e amar !
Ainda no Paraíso, já me era doado o nome que mais eu ia chamar ...
Mãe... De Deus, recebeste o dom da criação
Mãe... De Deus, recebeste o dom da criação
– o amor como missão em acto de plena doação –
e a protecção em sinal de bênção.
Do amor, a sua verdadeira expressão e teu verbo primeiro, amar;
no teu rosto duas estrelas resplandeciam no teu meigo olhar
e na tua boca um eterno orar !
Para aninhar em teu regaço como outrora
E não me importo se não houver aurora !
Mãe... que rias o meu riso, que choravas a minha dor !
A noite escura ia fazendo-se alva sobre teu cabelo
nas tuas vigílias na minha dor e nas tuas inquietudes por amor !
Adormeceste e os olhos fechaste ...
–Teu segredo Divino na terra chegou ao fim –
Como uma Santa parecia que então me viste
porque dormindo sorriste para mim !
Na noite imensa e fria o vento gira no céu
Na distância alguém canta canção de ninar ...
Parece ouvir tua voz e minha alma procura esse lugar
Quem canta !? Perguntei ao vento ...
Este respondeu-me com lamento !
Quero ver o cristal de teus olhos infinitos
ouvir a tua doce voz, sentir teu perfume,
teus suaves braços, o conforto do teu regaço ...
E poder dar-te um abraço !
Deixaste-me noites estreladas e afagos de amor.
Faz-me falta teu luminoso sorriso !
Quero voltar a descer do Paraíso ...
Para aprender outra vez nome teu,
O nome que desde cedo aprendi como meu ...
Teu nome... Mãe !
Poema de, Rogéria Gillemans.
¡ Registado no Ministério da cultura - Inspecção Geral das Actividades Culturais, I.G.A.C. – Processo N°3089/2009